Saturday, May 26, 2007

Gato com asas?

Aqui vai o link onde mostra uma mulher chinesa que alega que seu gato possue asas:

http://www.ananova.com/news/story/sm_2344838.html


A resposta que dou para ela é simples:"Não são asas".É só tirar uma radiografia dos membros extras desse gato e verão que a organização espacial dos ossos são mais semelhantes a de um membro de um felino do que a organização espacial dos ossos de uma asa de galinha ou de morcego.

Esses casos não são mistérios.Os biólogos agora sabem que órgãos podem ser estimulados a crescer em muitas partes do corpo (como olhos que crescem em asas de moscas, ver fotos num artigo de Eliane Evanovich da Biociencia, intitulado "Evolução da Visão em Cores": http://www.biociencia.org/index.php?option...d=106&Itemid=83 ) simplesmente se assegurando que químicos sinalizadores estejam presentes.E se existe um pré-padrão, um arranjo de fatores químicos que determinam a orientação dos ossos, então biólogos defendem que o surgimento de certos mutantes anômalos e mudanças evolutivas aparecem a partir de mudanças genéticas nas respostas celulares as suas posições.

Eu boto minha mão no fogo que não são asas por um motivo muito simples.Se a árvore filogenética padrão está certa, gatos nunca tiveram ancestrais que voaram.Mostrem a radiografia desses membros extras e verão que estou certo.

6 comments:

  1. "gatos nunca tiveram ancestrais que voaram.Mostrem a radiografia desses membros extras e verão que estou certo"

    Isso quase é uma afirmação de que não existem a conhecidas espécies de transição, citadas por Darwin em seu livro Origens das Espécies, p.185:

    "Porque não encontramos frequentemente na crosta terrestre os restos destas inumeráveis formas de transição que, segundo esta hipótese (evolutiva), devem ter existido?"

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  3. "Formas de transição" não viveram tempo suficiente para formação dos fósseis. A fossilização é um processo complexo, demorado e exige condições especialíssimas do ambiente.
    Essa foto não indica que tivemos gatos com asas no passado.
    Um gene derivado das aves, silenciado nos mamíferos pela própria evolução da classe, por uma razão genético-arquitetural se expressou dessa forma vestigial. Não é uma asa verdadeira. Não é funcional e não significa, também, que podemos vir a ter gatos voadores no futuro.
    Em evolução, tudo depende se o caráter novo (gerado por mutação gênica entre outras interações arquiteturais) vai apresentar uma vantagem, naquele ambiente, para o indivíduo deixar descendentes viáveis que vão passar aquela característica adiante.

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