Cientistas encontram vestígios de pingüins gigantes no Peru
da Folha Online
Pingüins gigantes viveram no atual Peru há mais de 40 milhões de anos. A data é anterior às previsões dos cientistas sobre a disseminação da espécie para áreas mais quentes, que acreditavam que isto havia ocorrido há cerca de 10 milhões anos.
Conhecidos por sua presença na Antártida, os pingüins vivem hoje em diversas ilhas no Hemisfério Sul.
Na edição on-line da revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" desta semana, um estudo mostra fósseis de pingüins que datam de 40 milhões de anos.
Um dos animais tinha cerca de 1,5 metros e um bico longo.
A paleontologista Julia Clarke, professora assistente de ciências terrestres, atmosféricas e marinhas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, disse que estava surpresa com a nova descoberta.
O maior pássaro é o terceiro maior fóssil de pingüim já encontrado, de acordo com a cientista.
"Na maioria dos casos, os indivíduos maiores de uma espécie geralmente estão ligados a climas mais frios e latitudes maiores", disse a cientista.
Outros fósseis encontrados são de uma espécie de pingüim cujo tamanho se assemelha ao atual destes animais.
A pesquisa foi patrocinada pelo National Science Foundation Office of International Science and Engineering and the National Geographic Society.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u307083.shtml
COMENTÁRIOS:
O que me chamou a atenção é que a explicação que maiores animais de uma espécie geralmente não são esperados para ser encontrados em latitudes baixas.Acho que deve existir alguma explicação adaptativa para isso, embora não faço idéia de qual seja.Se a paleontologista citada na reportagem acredita no pan-adaptacionismo, não deveria ficar surpresa com a "instabilidade" dos critérios da seleção natural.Isso é uma coisa tão comum que os biólogos nem se surpreendem mais.
De qualquer forma, o pan-adaptacionismo não é um confiável guia universal para investigar as causas históricas das diferenças entre os traços de determinados táxons.Por exemplo, os cientistas atualmente acham que as alterações na forma de um osso a taxas diferentes em dimensões múltiplas, o chamado "crescimento alométrico", pode ocorrer sem ter como causa a seleção natural.Em outras palavras, descobrir porque um determinado caráter se fixou é uma investigação mais complexa que muitos imaginam.
Pingüins gigantes viveram no atual Peru há mais de 40 milhões de anos. A data é anterior às previsões dos cientistas sobre a disseminação da espécie para áreas mais quentes, que acreditavam que isto havia ocorrido há cerca de 10 milhões anos.
Conhecidos por sua presença na Antártida, os pingüins vivem hoje em diversas ilhas no Hemisfério Sul.
Na edição on-line da revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" desta semana, um estudo mostra fósseis de pingüins que datam de 40 milhões de anos.
Um dos animais tinha cerca de 1,5 metros e um bico longo.
A paleontologista Julia Clarke, professora assistente de ciências terrestres, atmosféricas e marinhas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, disse que estava surpresa com a nova descoberta.
O maior pássaro é o terceiro maior fóssil de pingüim já encontrado, de acordo com a cientista.
"Na maioria dos casos, os indivíduos maiores de uma espécie geralmente estão ligados a climas mais frios e latitudes maiores", disse a cientista.
Outros fósseis encontrados são de uma espécie de pingüim cujo tamanho se assemelha ao atual destes animais.
A pesquisa foi patrocinada pelo National Science Foundation Office of International Science and Engineering and the National Geographic Society.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u307083.shtml
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O que me chamou a atenção é que a explicação que maiores animais de uma espécie geralmente não são esperados para ser encontrados em latitudes baixas.Acho que deve existir alguma explicação adaptativa para isso, embora não faço idéia de qual seja.Se a paleontologista citada na reportagem acredita no pan-adaptacionismo, não deveria ficar surpresa com a "instabilidade" dos critérios da seleção natural.Isso é uma coisa tão comum que os biólogos nem se surpreendem mais.
De qualquer forma, o pan-adaptacionismo não é um confiável guia universal para investigar as causas históricas das diferenças entre os traços de determinados táxons.Por exemplo, os cientistas atualmente acham que as alterações na forma de um osso a taxas diferentes em dimensões múltiplas, o chamado "crescimento alométrico", pode ocorrer sem ter como causa a seleção natural.Em outras palavras, descobrir porque um determinado caráter se fixou é uma investigação mais complexa que muitos imaginam.