Sunday, April 23, 2006

Ícones do Criacionismo "Científico"

Depois de apresentar as evidências da macroevolução e da descendência comum no artigo Ícones da Anti-Evolução, enumero as linhas de evidências as quais abordei:

1-Classificação Hierárquica Taxonômica
2-Código Genético Universal
3-Morfologia Comparativa
4-Parahomologia anatômica
5-Atavismos
6-Biologia do Desenvolvimento Comparativa
7-Estudos Comparativos Bioquímicos e Genéticos
8-Convergência de Filogenias Independentes (Morfologia e Bioquímica)
9-Formas Transicionais
10-Congruência da Cronologia dos Ancestrais Comuns (Filogenia e Estratigrafia)
11-Mudança Morfológica
12-Mudança Genética
13-Eventos de Especiação

Com este artigo acrescento outros dois:

14-Órgãos vestigiais
15-Biogeografia

Desta vez, utilizarei as críticas da a principal representante do Criacionismo Científico no Brasil, a microbióloga Dra. Márcia de Oliveira, sobre essas duas linhas de evidências evolutivas.A primeira citação vem de seu artigo "Existem evidências da evolução?"
e a segunda citação vem de um traduzido por ela e é intitulado "Problemas biológicos na evolução" , de Jim Gibson.O nome do site onde estão diversos artigos antievolucionistas e sobre o criacionismo se chama Centro de Pesquisa da História da Terra, e este é o seu link: http://origins.swau.edu/defaultp.html .



Órgãos Vestigiais


“Órgãos vestigiais são órgãos existentes no homem, bem como em outros animais, e que são considerados como vestígios inúteis de estruturas que foram úteis em um estágio evolutivo anterior. Na virada do século foi feita uma longa lista de órgãos vestigiais em mamíferos. Esta lista foi considerada uma evidência convincente da megaevolução. Mais de 80 órgãos estavam nesta lista, que incluía a tireóide, o timo, as glândulas pituitárias, o lobo olfativo do cérebro, o ouvido médio, as amígdalas e o apêndice. Hoje já se sabe que todos estes órgãos tem funções úteis e, não raro, essenciais. Mas na época em que a lista foi feita, ninguém sabia que funções eles tinham. À medida em que foram feitos estudos pelos fisiologistas, esta lista foi encolhendo. Atualmente já se mostrou que a maioria dos órgão chamados vestigiais, especialmente no homem, tem uso definido e não são, de forma alguma, atrofiados.

A lógica usada para se determinar se um órgão é vestigial deve ser analisada cuidadosamente. Se não conhecemos a função de algo, ele se torna um candidato a órgão vestigial. A fraqueza desse argumento é que, quanto mais conhecemos, maior é a chance de que iremos aprender as funções para estes órgãos supostamente vestigiais.

O apêndice humano era rotineiramente removido em cirurgias pelos médicos, porque ele parecia não ter utilidade e freqüentemente causava problemas. Agora já se sabe que ele faz parte do sistema imunológico. Realmente acontecem casos de doença no apêndice e, quando ele se infecciona, precisa ser removido. Entretanto, uma pessoa estará melhor se ficar com seu apêndice.

Será que as vértebras caudais fusionadas (cóccix) do homem são inúteis? Atualmente, esta pequena estrutura tem uma função muito importante como ponto de ligação para os músculos que permitem que fiquemos de pé (e que também fornecem amortecimento quando nos sentamos). De modo algum elas podem ser consideradas vestigiais. A via embriológica que produz uma cauda em outros mamíferos produz em nós uma estrutura muito importante. Será que isso ocorreu pela evolução, ou foi projetado por um Criador?

Os músculos segmentares no abdômen são importantes para curvarem o nosso corpo e para manter o tônus da parede abdominal. Que estes músculos tenham vindo de um ancestral é pura conjectura, e não evidência pró ou contra a evolução ou a criação.

Por que existem músculos ligados à nossas orelhas? Alguns desejam chamá-los de vestígios genuínos, enquanto que outros dizem que eles dão forma a nossa cabeça ou sustentam nossas orelhas. São necessárias mais informações para que se possa decidir.

Os membros posteriores das baleias são ossos isolados que estão imersos no tecido. Eles são considerados pelos evolucionistas como vestígios de órgãos posteriores verdadeiros que existiam nos ancestrais terrestres da baleia. Porém , eles têm uma função definida: são o ponto de ligação de músculos do sistema reprodutor. Os criacionistas podem argumentar que Deus modificou as instruções genéticas de membros posteriores para produzir estas estruturas que servem para uma função única.”


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Estrutura vestigial não é sinônimo de “órgão sem função”.É apenas um caráter reduzido e incipientemente desenvolvido comparado a uma mesma estrutura complexa existente em outro organismo.São traços de ancestralidade dos sistemas biológicos que evoluem e ao passar do tempo sofrem perda ou diminuição de sua função original, devido a novas pressões seletivas.Não há nenhuma declaração de Darwin no livro A Origem das Espécies que associe órgão vestigial à ausência de funcionalidade.Veja esse trecho do capítulo 13, em que ele fala que uma estrutura vestigial pode ser rudimentar para certa finalidade e ser completamente funcional para outra:

“Um órgão, servindo para dois propósitos, pode tornar-se rudimentar ou completamente abortado para um, mesmo para o propósito mais importante, e permanecer perfeitamente eficiente para o outro. Dessa forma, em plantas, a função do pistilo é a de permitir os tubos de pólen alcançarem os óvulos protegidos no ovário em sua base. O pistilo consiste de um estame suportado no estilete; mas em algumas Compositae, as floretas masculinas, que é claro que não podem ser fecundadas, têm um pistilo, que está em um estágio rudimentar, por não possuir um estigma; mas o estilete permanece bem desenvolvido, e é vestido com cabelos como em outros compositae, para o propósito de escovar o pólen para fora dos anteras à volta. Novamente, um órgão pode tornar-se rudimentar para o seu próprio propósito, e ser usado para um objetivo distinto: em certos peixes a bexiga natatória parece ser rudimentar para essa específica função de dar flutuabilidade, mas tornou-se convertida em um órgão respiratório ou pulmão emergente. Outros exemplos similares poderiam ser dados.” (Darwin,1859).

Em um outro exemplo, o apêndice é um órgão faz parte do tecido digestivo em mamíferos e que em muitos mamíferos representa a parte final de uma estrutura chamada ceco, e onde abriga microorganismos mutualísticos que promovem a digestão da celulose.Desde que ela não tem função como parte do sistema digestivo em humanos, ela é uma parte vestigial deste sistema.Do ponto de vista teológico, poderia se argumentar que ela tem funcionalidade como abrigo de células do sistema imunológico, mas o argumento fica comprometido porque se trata de uma relação custo-benefício duvidosa.Desde a presença deste órgão é responsável pela apendicite em 7% da população em algum momento das suas vidas (Hardin,1999), não faz sentido a existência de um órgão incipientemente desenvolvido para esta função e que sua retirada por procedimentos cirúrgicos não causa nenhum prejuízo ao indivíduo.A justificação para esse design sub-ótimo de um criador inteligente jamais seria sondável empiricamente e desta forma não se trata de uma alegação científica.

Apesar de tudo, existem órgãos sem qualquer funcionalidade conhecida.Esse é caso dos ossos pélvicos vestigiais das cobras Phytons, de olhos vestigiais dos peixes Astyanax mexicanus (apenas um caso de peixes carvenícolas ou de fossas abissais que de alguma forma não enxergam) e das asas rudimentares de besouros de ilhas oceânicas.

Vejam que os aspectos de vestigialidade são baseados em evidência positiva.Função é um processo físico realizado por um órgão que é necessário para a reprodução bem sucedida de um organismo num ambiente específico (Theobald,2004).Dado que tanto sucesso reprodutivo quanto viabilidade podem ser observados e medidos quantitativamente, então são dados positivos quando detectamos a ausência de efeito significante da presença de um órgão em um dado ambiente.

Entretanto, se eu digo que tal órgão não tem função ou é apenas rudimentar, estou fazendo uma declaração vazia.Mas ela fornece uma predição.Que é sobre os caracteres vestigiais que são permitidos e os aqueles que são impossíveis para qualquer espécie dada.Os caracteres derivados compartilhados não-vestigiais determinam a filogenia e as características de antepassados comuns preditos.Assim, cobras têm pélvis vestigiais porque eles são classificados como répteis, um grupo onde tal caractere é amplamente difundido.Entretanto, nenhum mamífero deve ser encontrado com penas vestigiais. Nenhum primata deve sempre ser encontrado com os chifres vestigiais ou as asas degeneradas como as que existem em avestruzes.



Biogeografia

“A distribuição geográfica restrita de grupos de espécies endêmicas é explicada pela ancestralidade comum. Grupos de espécies semelhantes são freqüentemente restritos a uma região geográfica particular; exemplos – cangurus, preguiças, lêmures, antílopes africanos. A presença dessas espécies juntas, e sua ausência em outras regiões, seria explicada se elas tivessem se diversificado, a partir de um ancestral comum, naquela região.
(...)As distribuições geográficas coincidem com a ancestralidade comum só nas categorias taxonômicas inferiores. Grupos endêmicos são mais comuns ao nível de Família ou níveis mais baixos. Poucas Ordens são endêmicas a uma região particular. Assim, ancestralidade comum é sugerida primariamente entre membros de famílias e gêneros. Por exemplo, a família da preguiça é restrita à América tropical e seus membros podem realmente compartilhar uma ancestralidade comum. A Ordem Edentata (que inclui as preguiças, tatus e tamanduás) é uma das poucas Ordens viventes que apresenta uma distribuição geográfica restrita. Todos os membros viventes da Ordem Edentata são restritos à América tropical (exceto um tipo de tatu que vive no sul dos Estados Unidos). Entretanto, o fóssil de um provável edentado (um tamanduá) foi encontrado na Alemanha, mostrando que, aparentemente, o grupo já existiu em outros lugares. A existência de numerosos grupos distintos com distribuições mundiais pode ser explicada como resultado de ancestralidades separadas.”

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Esta linha de evidência refere-se à distribuição geográfica de espécies aparentadas morfologicamente como um resultado de ancestralidade compartilhada.Como a formação de uma nova espécie acontece não somente na dimensão do tempo, mas também em dimensões espaciais, os antepassados comuns originam em uma posição geográfica particular. Assim, o fato de as espécies aparentadas morfologicamente não estarem distribuídas uniformemente no globo é algo que podemos esperar, caso a evolução esteja certa.Para grupos mais amplos a evolução prediz justamente o contrário: as espécies devem está extensamente dispersas; entretanto se elas não estiverem, isso é causado pela existência de barreiras geográficas que reprime o potencial de dispersão.O que dizer da existência dos lêmures, primatas de cinco famílias de que existem naturalmente apenas no Madagascar? Já os mamíferos das Américas do Norte e do Sul evoluíram independentemente por estarem em isolamento por muito tempo e isso só teve fim à aproximadamente três milhões de anos atrás durante o aparecimento do istmo do Panamá.Populações dos dois continentes migraram pelo istmo, porque tatu, porco-espinho, e opossum -- mamíferos de origem sul americana --migraram para o norte.O porco-espinho norte-americano Erethizon dorsatum é de gênero diferente dos sul-americanos (Futuyma,1992.p.405), mas que explicação melhor para sua existência que a postular que ele teve um ancestral sul-americano, uma vez que porcos-espinhos inexistiam na América do Norte até poucos milhões de anos atrás?

Apesar de alguns padrões de biogeografia serem explicados pela tectônica das placas, outros necessitam de explicações exclusivamente pela dispersão.Este é o caso dos Elephantidae e dos Camelidae, que mostram fósseis evidenciando sua dispersão para vários continentes.Eles evoluíram depois quando os continentes já estavam bem separados.Os Camelidae surgiram na América do Norte no Eoceno e no Pleistoceno já haviam se dispersado pela Eurásia (através da ponte de Bering) e para a América do Sul através do istmo centro-americano.Atualmente estes animais só existem no norte da África, na Ásia e na América do Sul.Já os Elephantidae surgiram na África e dispersaram pela Eurásia e chegaram na América do Norte pela ponte de Bering.Isto é confirmado tanto pelos fósseis que confirmam sua dispersão pela Eurásia, quanto pela presença de mamutes na América do Norte até alguns tempos atrás.Existem outros exemplos que são explicados pelo registro fóssil e pela dispersão.Exemplo, os primeiros marsupiais surgiram na América, ainda quando este continente fazia parte do complexo América-Antártida-Austrália.Os marsupiais chegaram a Austrália vindo através da Antártida, como mostram fósseis de marsupiais desse continente.A partir daí, período Plio-Plestoceno, a América do Sul já estava separada da Antártida e a Antártida da Austrália.Os marsupiais australianos se diferenciaram totalmente dos que existiam na América do Sul e da Antártida. Ainda sobre os marsupiais, um já falecido paleontólogo analisou:

"Por que todos os grandes mamíferos da Austrália devem ser marsupiais, a não ser por descenderem de um ancestral comum, isolado naquela ilha-continente? Os marsupiais não são 'melhores', ou idealmente adequados, para a Austrália; muitos foram exterminados pelos mamíferos placentários, importados pelos humanos de outros continentes." (Gould,1981).

Baseado no conhecimento da distribuição das espécies e no seu potencial de dispersão nunca esperaríamos encontrar elefantes em distantes ilhas do Pacífico, a família vegetal australiana Myrtaceae na América, cactos indígenos americanos na Austrália, fósseis de Australopithecus na América ou as espécies aparentadas distribuídas uniformemente ao redor do globo. Esses achados entrariam em conflito com a teoria da descendência comum universal.

E a Dra. Márcia, o que poderia dizer sobre algo que entraria em conflito com o Criacionismo?Será que os lêmures foram deixados por Noé em Madagascar?E o que dizer da família vegetal Myrtaceae, que é endêmica da Austrália? O criacionismo postularia a macroevolução de famílias ou simplesmente adotaria teorias ad hoc baseados em trechos bíblicos?

Referências:

Darwin, C.(1859). The Origin of Species :Chapter 13 - Mutual Affinities of Organic Beings: Morphology: Embryology: Rudimentary Organs: http://www.literature.org/authors/darwin-charles/the-origin-of-species/chapter-13.html

Futuyma, D. J. (1992). Biologia Evolutiva, 2ª edição.Sociedade Brasileira de Genética & CNPq, Ribeirão Preto-SP.

Gould, S.J. (1981).Evolution as Fact ant Theory. Discover.

Hardin, D. M. Jr. (1999). Acute appendicitis: review and update. American Family Physician 60(7): 2027-2034.

Theobald, Douglas L. "29+ Evidences for Macroevolution: The Scientific Case for Common Descent." The Talk.Origins Archive. Vers. 2.83. 2004. 12 Jan, 2004

Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Lemur





3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

O criacionismo basea-se na pregação da palavra a partir de uma verdade fixa, o uma verdade absoluta.
A ciência é baseada em modelo e tem a humildade de receber novas idéias e aceita-las se forem coerentes e comprovadas por uma metodologia científica coerente.

Criacionismo cientifico é besteira, é tentar encobrir uma falha de uma crença utilizand uma id[eia que realmente funciona. A igreja estacionou numa verdade que era absoluta pra ela na era em que foi criada e o homem tem de perceber que não precisa ficar presa a ela. As pessoas buscam sempre uma função para as coisas.
Eu digo como ciêntista então que esse fundamentalismo é uma completa babaquice em certos momentos.
Deus não teria função alguma se o demônio não existisse ou se o homem não tivesse criado-o.
Em outra palavras Deus não seria nada sem o demônio. ou Deus depende do Demonio para que tenha uma função. As pessoas vão a igreja não porque amam, ou louvam ou acreditam em uma entidade invisível. As pessoas vão uscar a Deus pq tem medo de ir pro inferno. Existe um jogo psicológico, ou vc esta na minha facção ou vc leva fogo, assim vc força a pessoa seguir um caminho dizendo que o outro é o pior mesmo não tendo evidencias concretas sobre ambos os caminhos.

Deus, Demônio, religiões e toda essa bobeira de liros sagrados são histórias criadas durante a história do homem para manipular o povo e promover a tirania como dizia o Padre e comunista Jean Meslier que morreu em 1729. O pobre coitado estudou e se formou padre e não exerceu sua carreira porque chegou a conclusão que Deus era um delírio criado pelo homem para poder controlar o povo.
Basta olhar para o Islã, os católicos, a inquisição, o uso do cristianismo or hitler. As piores guerras do homem a religião estava envolvida ou era o foco da guerra.
O homem criou Deus a sua imagem e semelhança porque tem medo de uma das suas piores criações da mente, o inferno.
Deus e o Demônio são frutos do mesmo pai e são dependentes entre si graças ao homem.

10:04 AM  
Blogger oakleyses said...

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Blogger oakleyses said...

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